Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Parece que...

... chegando ao fim do ano tento redimir-me da falta de publicações aqui no espaço.

Hoje encontrei esta fantástica banda de bluegrass (estilo musical americano com origens nas ilhas britânicas).


Adoro instrumentais embora os trabalhos mais recentes dos irmãos incluam letras (um pouco de pesquisa não faz mal a ninguém).



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Um café e letras

Um café d'avó pode ser um bom pretexto para começar uma lista de pensamentos sobre o que de melhor e pior se passou neste dois mil e quinze que está quase a acabar.

Dizer que os objectivos traçados no primeiro dia do ano foram alcançados é pura ficção. Antes pelo contrário, a maioria deles acabaram por ficar no papel, ou melhor, nas células cinzentas (tal como dizia Poirot) que acho ainda habitarem dentro da cabeça.

Se por um lado algo me entristece por outro tenho a plena consciência de que o que foi cumprido o foi da melhor maneira possível, tendo em conta as circunstâncias. Não vale a pena chegar à conclusão que isto ou aquilo poderiam ter sido resolvidos de formas mais eficientes.

Contente fico por ter chegado ao fim do ano esperançado que esse novo que se aproxima proporcionará a prossecução de alguns dos objectivos e que trará novos e até bem desafiantes. Referi-los aqui está porém fora de questão, por diversas razões.

Que venha é o novo ano, que deste já começo a ficar farto.


sábado, 26 de dezembro de 2015

Venha 2016


Que o Natal já passou. Ufa!



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015


(Para que não se diga que não tenho espírito natalício.)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Poemas por acabar

Recordando o teatro de revista e o quadro da Lisboa antiga e da Lisboa moderna:

Eu sou a Lisboa antiga
Do pregão e da varina.
        Eu sou a Lisboa moderna
        Com uma puta a cada esquina.

Eu sou a Lisboa antiga
Na nobreza e casa do rei.
        Eu sou a Lisboa moderna
        Em cada lar há hoje um gay.

Eu sou a Lisboa antiga
Da beleza e verdade pura.
        Eu sou a Lisboa moderna
        Não sou virgem e gosto da dita dura.


Já estão mesmo a ver o caminho que a coisa estava a seguir. Parei de imediato e só não deitei fora as quadras porque sou demasiado maluco para isso. Pode ser que um dia eu termine os versos.




sábado, 12 de dezembro de 2015

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Provérbio do dia

ATRÁS DE MIM VIRÁ QUEM BOM DE MIM FARÁ

E mais não escrevo.


domingo, 8 de novembro de 2015

A minha sopa...

... ficou verde.

Será que a posso considerar ecológica?


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sei que sou sovina quando...

... decido comprar um computador por cerca de cem euros. Recondicionado (nem sabia que esta palavra existia) e com um ano de garantia. Funciona bem, pelo menos é mais rápido que o meu velho portátil.

Longa vida lhe desejo.


domingo, 1 de novembro de 2015

1 de Novembro

Faltam 60 dias para terminar o ano.

Não sei a razão de ter começado esta publicação com tal frase, é apenas algo que me veio à cabeça de repente, contrariando a minha vontade de nada publicar.

Devo ter uns oitenta canais de televisão à disposição e só assisto habitualmente a menos de uma dezena. Parece-me cada vez mais que as programações são tão idênticas que não vale a pena perder tempo com os restantes.

Os canais de informação continuam a fazer da política assunto do dia, tema que deixou há muito de ser notícia. Parece-me cada vez mais um horóscopo de revista barata, daqueles que apenas prevêem o que todos já sabemos que vai acontecer.

Os canais de séries repetem constantemente os mesmos episódios e até os cinematográficos se limitam a algumas dezenas de habituais filmes, quantos deles sem interesse, como se o cinema fosse apenas mais um corriqueiro assunto. Tanto se realizou neste mundo que aos poucos cairá no esquecimento.

Cada vez mais me sinto atraído com a ideia de me afastar definitivamente das redes sociais. É tanta a hipocrisia que às vezes me sinto um ser único no mundo virtual. Compreendo depois, pelas conversas que ouço à minha volta, que no final não sou o único a ter tal opinião. É claro que tal decisão tem os seus contras, especialmente o perigo de cairmos no esquecimento. Talvez seja esse o meu real propósito.

Ainda nem são vinte horas e já estou farto desta escuridão. Esta sensação de ter o dia só para o trabalho aborrece-me verdadeiramente. Gosto de chegar a casa e entreter-me com os meus afazeres rurais, fazer barulho sem ter a censura dos vizinhos, afinal para alguns, a noite é para o descanso. Irrito-me facilmente.

Ou talvez seja só mais uma prova do meu mau feitio.


domingo, 18 de outubro de 2015

Falta

Abrir a porta e perceber que não há mais ninguém...




quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Opinião

Enganam-se aqueles que julgam que Portugal é um país compreensível e permissivo, quando se trata da homossexualidade. Aquele vídeo que circula nas redes sociais onde dois namorados passeiam de mãos dadas pela capital, mostra apenas uma parte da realidade deste pequeno rectângulo ibérico. A verdade é que pelo campo ou pelas cidades mais pequenas o resultado seria completamente diferente; não digo que houvesse qualquer cena de violência física, embora não a exclua, mas a verbal seria uma certeza.

Esta sociedade é um misto de sociedades tão diferentes como a água do azeite, tal como o velho ditado popular conta. Logo após o acto eleitoral e sabendo a possível composição do Parlamento, fui em busca do programa eleitoral do partido que ganhou uma cadeira naquela casa da democracia. A homofobia está explícita num programa eleitoral, cujos votos do distrito de Lisboa deram a oportunidade a um cidadão que a meu ver coloca outros cidadãos abaixo dos animais domésticos.

Se é este tipo de partidos que o povo quer que representem 10 milhões de habitantes, tudo leva a crêr que existe uma minoria de homens e mulheres que devem temer pelo futuro.

A questão política é apenas um desabafo, pretendo porém colocar em evidência que existem cidadãos com a necessidade de viverem vidas duplas, no intuito de se sentirem seguros neste espaço nacional que é de todos. É tudo aceite quando é na casa do vizinho, quando é na própria casa pia tudo muito mais fininho.

Feliz daquele que assuma perante os outros a sua verdadeira natureza e que viva em segurança na opção que tomou. Infelizes são os menos corajosos, que se desviam dos seus interesses com o fim de proteger os outros, os que lhe são mais queridos.

Talvez o meu mau feitio, o mesmo que referi na minha anterior publicação, me leve a ter posições contrárias a algumas pessoas que conheço. Não que elas sejam desconhecedoras da realidade mas que, talvez por crença ou por ingenuidade, não queiram ver que na verdade o nosso mundo português não é um mar de rosas.




Crónico






Não se preocupem, no meu caso é mesmo crónico.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Definições

lapso
(latim lapsus, -a, -um, particípio passado de labor, labi, deslizar, escorregar, resvalar, cair)



substantivo masculino

1. Acto de escorregar; escorregadela.

2. Queda momentânea da memória. = ESQUECIMENTO

3. Descuido proveniente de esquecimento.

4. Engano involuntário.

5. Decurso de tempo. = PERÍODO

 
adjetivo

6. [Pouco usado]   [Pouco usado]  Caído em culpa; incurso em erro ou pecado. = CULPADO

erro
(derivação regressiva de errar ou do latim erros, -oris, acção de vaguera, indecisão, ignorância, ilusão, engano)

substantivo masculino

1. Acto ou efeito de errar.

2. Aquilo que resulta de uma compreensão ou de análise deficiente de um facto ou de um assunto. = ENGANO, INCORRECÇÃO, INEXACTIDÃO

3. O que está imperfeito ou mal feito. = DEFEITO, FALHA, IMPERFEIÇÃO, SOLECISMO

4. Diferença entre o valor real e o valor calculado ou registado por observação.

5. Desvio em relação a uma norma (ex.: erro ortográfico).

6. Afastamento do que é considerado o bom caminho ou a boa conduta. = DESVIO, FALHA

7. Atitude ou comportamento considerado reprovável do ponto de vista moral. = FALHA, PECADO
 
 
Prefiro errar, já que "errare humanum est", já lapsos podem ser erros ou não.
 

 

sábado, 3 de outubro de 2015

Refexão

Amanhã é dia de:






E estou completamente em branco.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Curiosidades

Como já devem saber sou praticante de ciclismo tanto na vertente estrada como todo o terreno, uma espécie de ultra amador, como melhor me defino.



A curiosidade maior que encontro na modalidade é o facto de todos nos conhecermos quando andamos ou apenas transportamos as nossas bicicletas, situação que me aconteceu duas vezes este fim de semana. Ciclistas que nem sequer me devem ter conhecido dentro do carro que me acenaram como se o fôssemos há bastante tempo.


Já na estrada,a cordialidade acaba por ser impressionante, já que uma passagem é sempre motivo para um cumprimento. Pena que os automobilistas não compreendam e promovam tal cordialidade, não tendo em atenção que em cima de uma bicicleta está uma pessoa, muito mais desprotegida que eles próprios.




sábado, 12 de setembro de 2015

Afinal...

... a estupidez mora em qualquer casa.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Estranho

Estranho é ultimamente sentir necessidade de me esconder daqueles que deviam ser tão compreensivos como eu. Pessoas que são tão iguais a mim e no entanto parecem querer transparecer o contrário.


sábado, 1 de agosto de 2015

Trilogia (sem nexo)

     I

Recomeçar. Era a única hipótese que restava ao velho senhor, que na tarde anterior tudo perdera, resultado daquele incêndio criminoso, que começara na serra mas cujas labaredas, acicatadas pelo vento, desceram em direcção à povoação. Antunes, dono das terras em redor da aldeia, fora o primeiro de muitos a verem as chamas a consumir os frutos do seu trabalho.

Naquela manhã ainda se sentia o cheiro a queimado  e a terra de cor escura, coberta por aquele manto de fuligem, chorava. Choravam todos os habitantes pelos seus pinhais com décadas de existência, eucaliptais quase prontos a serem cortados, olivais onde centenárias árvores produziam a tão valiosa azeitona que depois de esmagada e espremida, trazia a alegria aos olhos dos donos dos lagares e prazeirosos paladares às bocas gulosas dos seus clientes. As novas árvores estavam completamente arruinadas, investimentos perdidos, tão perdidos como as dezenas de cabeças de gado que eram a alegria do velho Antunes. Homem de oitenta anos, magro, pele escurecida pelo sol e que com o astro-rei se levantava todas as manhãs e que com o seu calor invadia os currais, levando a preciosa ração aos seus amigos de quatro patas. Agora, apenas os restos mortais sobravam entre os escombros dos velhos edifícios.

Montado no seu enorme tractor abriu um buraco num canto da propriedade e empurrou tudo lá para dentro. Cobriu tudo com a terra, saiu do veículo e pousou o frágil joelho direito no chão. Fez uma pequena oração, traçou o sinal da cruz na cara, levantou-se e olhando em redor disse a si mesmo que a vida continua e que depositava toda a sua confiança na mãe natureza.

Recomeçar. Era apenas o que restava. Recomeçar.


     II

Prometera a si próprio que a partir daquele momento jamais se deixaria ultrapassar. Por mais difícil que fosse o terreno, tudo faria para deixar para trás todos os obstáculos, mesmo os mais bicudos, tantas vezes intransponíveis.

Ficar para trás resultava na perda de qualidade de vida e acima de tudo o desrespeito dos outros perante a sua existência. Ser encarado uma nulidade fazia vidrar cada uma das suas células, criando a vontade de anular todos os sentimentos contraditórios que em sua volta e em si mesmo cresciam.

Subiu assim ao ponto mais alto e traçou uma rota: chegar ao outro lado, onde um verdejante espaço era a promessa de uma vida melhor. Meteu-se a caminho, pro trilhos mais fáceis, mesmo que significassem voltar um pouco atrás. O terreno húmido, que aparentava ao longe ser um grande desafio, foi facilmente percorrido. Nem as pedras mais aguçadas o fizeram perder o interesse pois voltar atrás seria mais difícil, em diversos aspectos. Já pouco faltava para alcançar a terra prometida e naquela faixa escura deparou-se com a triste realidade, outros, tão corajosos como ele, não tinham porém tido o discernimento necessário para seguir em frente, entregando-se aos prazeres nefastos que lhes tiraria a vida.

Resistiu a todas as tentações, mesmo quando o desespero parecia invadi-lo com uma vontade e força descomunal. Aos poucos percebeu que saíra vitorioso e que à sua frente o prémio lhe sorria. Óscar, um caracol corajoso, que agora tinha à sua disposição um belo campo de verdes e deliciosas alfaces, só para si.

Prometera a si mesmo que a partir daquele momento, engordar era o único objectivo.


     III

Invulgar. Achariam-na invulgar os amigos se imaginassem o que passava na cabeça de Ana. Urbanos, citadinos, metropolitanos. Adjectivos que lhes assentavam como luvas. Para eles o mundo eram as cidades grandes, o movimento constante, o barulho, as luzes das montras e dos outdoors publicitários.

Aquela última semana adicionara mais um rol de pensamentos à alma já algo perturbada. Em especial, aquele telefonema que recebera directamente do reitor da UBI, em que aquele "...quero que venhas dar aulas ..." lhe pareceu uma ordem e não um pedido.

Lembrava-se da casa da avó, a velha casa de granito e chão de tábuas, da lareira sempre acesa, enchendo a humilde morada com fumo de carvalho e azinho. E o velho pátio coberto pela folhagem da cerejeira, cujos brincos vermelhos e doces a faziam subir elos ramos frágeis, pondo o seu avô em cuidados, ordenando àquela maria-rapaz que descesse com cuidado.

Cada memória do passado era comparada com aquele presente que a angustiava. Se por um lado o seu doutoramento era uma mais valia para o cargo que recentemente aceitara na maior universidade da capital, seria também uma oportunidade para uma escola do interior do país. Depois havia todo aquele verde natural, o cheiro da resina dos pinheiros, dos eucaliptos acabados de cortar, das aves, dos animais domésticos que livremente vagueavam pelas estreitas ruas daquelas velhas aldeias, já quase desertas.

Tomou a decisão. Despediu-se dos amigos com o habitual "até um dia". Não imaginara porém, a sua melhor amiga, que aquela despedida teria especial significado, após aquele abraço forte e sincero que Ana lhe acabara de dar.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Necessidades de uma sexta feira de solteiro

Um bom banho (já está)

Um bom jantar

Uma cama... e companhia...


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Fuga

Sim, fujo de mim
Tantas vezes assim o faço
Como se fosse a solução final
Como se fosse arriscar
Como se fosse apenas mais um parar

Sim, fujo de mim
E quantas vezes os outros também fogem
Como se fosse criatura medonha
Como se fosse prisão
Como se fosse o risco de encontrão

Sim, fujo de mim
Pudera não ter que o fazer
Como se fosse um desígnio
Como se fosse uma solução
Como se fosse afinal um perdão

Sim, fujo de mim
E não páro de fugir
Como se não conseguisse parar
Como se não quisesse reagir
Como se não tivesse onde ir

Sim
Fujo
Fujo de mim


terça-feira, 7 de julho de 2015

Quantas vezes...

... têm aquela sensação de não ter ninguém com quem conversar?


É assim que me sinto no momento... que raiva!


segunda-feira, 22 de junho de 2015

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Simplicidade

Comer farinheira cozida com pão.


Como se fosse um prato excepcional.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Pão

Ando numa de fazer pão em casa. Aquilo que parece ser o mais simples alimento a ser preparado, afinal tem muito que se lhe diga. Não é só uma mistura de farinha, sal, água e fermento, é acima de tudo uma ciência que alguns dominam com mais facilidade, enquanto outros andam ainda a nadar. Desta vez saiu bem melhor que à primeira tentativa e embora o forno a gás não seja o mais indicado, acredito que encontrarei a receita ideal.

Lembrei-me da Ode ao Pão, tão bem declamada pelo Mário Viegas, que deixou este mundo no século passado, mas que contínua na memória do povo.


terça-feira, 16 de junho de 2015

Divagar

Começo este texto com um pedido de desculpas pela minha ignorância, afinal é o que vou demonstrar nas linhas que se seguem. E faço este pedido com pura consciência dos comentários que arrisco a ter.

Pareço ser um dos poucos portugueses que ao contrário dos demais, que andam com as cabeças demasiado tempo no ar, a achar que as notícias recentes sobre aqueles objectos que povoam o céu do nosso pequeno rectângulo luso, são realmente animadoras. Quer dizer, não me refiro aos pássaros mecânicos propriamente ditos, refiro-me à empresa que os detém e que finalmente terá uma sorte feliz ou pelo menos assim parece ser.


A maioria dos cidadãos deste país passa o ano inteiro a falar mal das suas vidas, em questões de crise económica e quando finalmente o accionista principal de uma companhia aérea, por acaso de capitais públicos, toma a decente decisão de passar as dívidas a outros, cai o "Carmo e a Trindade". Afinal parece que estamos a perder a "jóia da coroa", quando a dita não é mais que um sorvedouro dos nossos impostos.


Se por um lado o Estado deve dar o exemplo em termos laborais e sociais, é também o mesmo Estado, eleito democraticamente (é claro que eu sei que o governo é nomeado, nos termos da Constituição) que deve dar o exemplo em relação ao seu património. Se uma empresa que dá constante prejuízo é obrigada a fechar, porque não se fecha a companhia aérea, que tem acumulado passivo ao longo de tantos anos?


Dizem os entendidos e graças a Deus que não me considero um, que a administração da companhia deixa muito a desejar. Mas estarão os mesmos cientes que a maioria das companhias mundiais tiveram problemas económicos nos últimos anos? E que muitas acabaram por fechar ou ser absorvidas por aquelas que aguentaram o embate? A "nossa" aguentou pois o accionista é o Estado, que mais rápido ou mais lentamente acaba por pagar sempre as suas dívidas.


Entregar 61% de uma empresa com mais de mil milhões de passivo a um consórcio privado, com regras claras e aparentemente legais, tanto a nível nacional como comunitário e ao mesmo tempo fazer uma capitalização da empresa com capital privado é assim tão descabido? Oh meus senhores, tenham consciência no que dizem, que para disparates já muitos foram feitos e ditos no passado.


Não foi resultado da privatização da antiga Rodoviária Nacional que algumas aldeias do nosso Portugal profundo perderam tão precioso serviço. Foi apenas a desertificação e o progresso, que levou à compra de carro próprio em detrimento do serviço público que as empresas privadas prestam. É a prova cabal que "santos da casa não fazem milagres" ou seja, que os maiores interessados deixaram cair um serviço e depois ainda vieram à praça pública clamar pelo retorno do D. Sebastião dos autocarros.


Esta ideia "daninha" (agora parece que estou a falar de fado) que me surge vinda directamente das minhas células cinzentas, parece ser um apoio evidente à fábrica de sumo de laranja em pacotes azuis que governa o país, mas bem pelo contrário é apenas uma evidência da minha estupidez pré-eleitoral. Já diz o senhor Madeira que habita o Palácio de Belém, que é melhor deixar para depois das férias de verão, estes assuntos mais quentes. Eu prefiro opinar agora, já que o tempo parece ter arrefecido demasiado.


Espero que a transportadora se mantenha à tona e estou convencido que é bem possível que os "voadores" portugueses acabem por perceber que não iremos perder tão necessário serviço aéreo, afinal não estamos no tempo da outra senhora em que as companhias se contavam pelos dedos e que tinham que ser os governos a proporcionar tal serviço à população.


Acabe-se a sabedoria anti política actual e tente-se olhar o futuro com outros olhos, mesmo que os mesmos vejam apenas pequenas faixas horizontais, resultado de muitos arrozes ingeridos. Já perdemos tesouros bem mais preciosos e que possivelmente nunca serão recuperados, por culpa de cada um de nós que quantas vezes nos deixamos afundar nos sofás em vez de partirmos para a luta e sonharmos um pouco mais alto novamente. Não me acho exemplo credível mas acredito haverem aí muitos tesourinhos escondidos que serão boas surpresas num futuro próximo.


Valha-nos S. João e S. Pedro, que o Santo António já passou e parece não ter conseguido deixar juízo nas cabeças dos "iluminados". Valha-nos ainda o verão que em breve regressa para que o quente do ambiente queime apenas a pele e não as moleirinhas mais distraídas.


E acabou este testamento que já vai deixar mui boa gente de cabelos em pé.


sábado, 6 de junho de 2015

Consciente

Se alturas existem em que o disparate é tema por excelência dos meus escritos, outras alturas são aquelas em que a verdade vem ao de cima e dou por mim a reconhecer o verdadeiro valor do que escrevo. É nessas alturas que as palavras se conjugam de uma outra forma, trazendo ao mundo exterior sentimentos e pensamentos que invadem todo o arquivo que é o meu cérebro. Ficar parado expectante que tais coisas se me varram da memória é opção muitas vezes excluída, talvez por entender que me são devidos diversos elogios, mesmo que os mesmos sejam só minha imaginação. Não reconheço em mim qualquer vontade ou coragem expressa de me fechar ao mundo, antes pelo contrário, desejo que as palavras voem e se espalhem, mesmo que por pouco tempo, já que o tempo tem uma definição completamente diferente neste mundo que escolho para transmitir os meus escritos. Difícil seria ficar parado, deixando para os outros a complicada tarefa que é a de deixar estórias escritas nesta que é a mais bonita língua de todo o mundo.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Silly Season

Estamos prestes a entrar na silly season tuga, aquela época em que nada de interessante acontece no nosso país. Em breve acaba o ano escolar, que se junta ao final da primavera, ao final do campeonato de futebol e ao final da discussão política, já que vamos todos ou quase de férias.

Claramente me parece que as poucas notícias corriqueiras sobre a crise económica ou programas eleitorais, ficarão esquecidas dando lugar aos disparates que algumas celebridades vão fazendo, só para aparecerem nas capas de revistas ou por simples estupidez, fruto de uma realidade actual que é efectivamente a pouca inteligência de que alguns gozam.

Valha-nos talvez os festivais de verão que acontecerão um pouco por todo o país, com a vinda de mais umas mãos cheias de celebridades estrangeiras, as quais farão parecer as nossas como simples aprendizes. São os disparates em palco associadas às excentricidades nos bastidores, que avolumam as situações tantas vezes inusitadas em que se metem: violência, drogas, velocidades loucas e tantas outras que até fazes corar os santos.

Já na nossa esfera de excentricidades ou de pura parvoíce, posso já começar por referir aquele futebolista madeirense que foi apanhado a "mijar fora do penico" e cuja situação aquece os comentários no mundo virtual e até é motivo para umas risadas na pausa para o café. Na verdade se fosse eu ou um dos meus ávidos leitores, nem sequer o senhor polícia se daria ao trabalho de advertir, lançava logo uma arroxada de cassetete e resolvia-se a situação na hora. É claro que o rapaz, que por acaso é pai e que felizmente não o leva para aquelas "cenas", não merece um acto de violência policial, mas devia estar mais atento ao que faz, pois é considerado modelo a seguir.

Notícias serão as filas de trânsito em direcção às praias e não são só as do sul que gozarão de tal importância, já que o número de praias com Qualidade de Ouro são menos que nos anos anteriores, de acordo com a classificação de uma conhecida organização ambientalista com nome de árvore. Ao que parece e se os banhistas forem suficientemente inteligentes (e escrevo isto com alguma ironia) serão essas praias as mais procuradas. Aconselho que deixem o carro longe e aproveitem para umas caminhadas adicionais que terão melhores resultados que os mais proeminentes ginásios onde se paga e não se bufa.

Cá este Ribatejano que vos escreve, prefere as praias mais calmas, sem grande público e especialmente com espaço suficiente para poder largar alguns gases, sem correr o risco de aturar censuras vindas da toalha do lado, em particular daquelas distanciadas de apenas dois ou três palmos, que estão mais atentas ao que o "vizinho" faz do que aos olhares furtivos que as caras metades atiram em sentido contrário, aproveitando a confusão.

Corro ultimamente um risco ainda maior, mas neste caso de forma virtual, que se prende com os comentários que tenho recebido neste blogue. Obriga a minha modéstia que os agradeça a todos embora não reconheça nestes meus textos algo de novo em relação ao que vou lento nos espaços que frequento. Antes pelo contrário, mantenho-me por uma linha de escrita puramente simples e honesta, escrevendo pequenos excertos de um diário imenso que um dia começarei a escrever realmente. Talvez seja essa a verdadeira virtude das minhas composições, o não querer seguir por uma via que modifique em demasia a vontade expressa da alma que me povoa.




segunda-feira, 1 de junho de 2015

Escolhas futuras

Ao que parece o país em que vivo, este pequeno rectângulo à beira mar plantado, está de pernas para o ar. Os escândalos fazem fila indiana, como que a quererem ser notícia de capa de jornal ou abertura de noticiário televisivo em horário nobre. Verdadeiro parece ser o facto de o tema base para tudo estar já tão gasto. Infelizmente não podemos viver sem aquela bicha solitária que no final das contas de solitária nada parece ser.

A conclusão final é que é a mais desconcertante: continuemos ao som dos passos do coelho ou com aquele antónio que dê à costa, a verdade é que será apenas mais do mesmo. E não existe porta mágica que nos salve, pois o povo já não presta cavaco a soluções milagrosas.

Não existem ruborizados avôs suficientes nem sequer blocos experientes que construam um país melhor. Os cérebros ou estão enjaulados ou fogem como o Diabo à cruz, dando realmente a entender que afinal a massa cinzenta que devia encher aquelas cavidades cranianas não passa de massa da verde, que trama o pobre mas que arreganha os dentes aos afortunados.

Valha-nos o calor que se entremeia com o vento e laivos de frio. Porque o calor aquece o corpo, enche as esplanadas de ávidos sedentos de água de cevada gaseificada e de chupadores de lesmas com casa, porém potencia o efeito contrário que é o de provocar o esquecimento, cobrindo com um véu as decisões futuras e os escândalos mais dispendiosos, já que os outros são alimentados pelo mesmo calor e escarrapachados nas revistas em que qualquer tuga que se preze, lá investe os parcos euros que ainda sobram.

Passe a onda de calor e volte-se à contestação, pois o futuro a Deus pertence e o que é de Deus nem sempre está ao alcance de qualquer um.




domingo, 31 de maio de 2015

Censurado

Lista de alguns temas proibidos neste espaço

FUTEBOL


RELIGIÃO


POLÍTICA


ACORDO ORTOGRÁFICO


TOURADAS






sexta-feira, 29 de maio de 2015

Visualizações

E cheguei à barreira "psicológica" das 25 mil.

Nada mau para o blogue de um "parvo".


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Frases

Era para escrever um texto, mas acabei por encontrar frases maravilhosas. Juntando o tema à preguiça saiu isto:



 













quinta-feira, 21 de maio de 2015

Preguiça e outras coisas

3:44H

Acordo, olho de soslaio para o relógio e leio 8:44h. É claro que com os olhos meio abertos e com a escuridão que me envolve só posso estar a ver mal. Porém sinto-me como se tivesse dormido as seis horas que me competem diariamente, isto sem contar com as sonecas no sofá ou mesmo em frente ao computador, durante o dia, felizmente só em casa.

3:54H

Decido levantar. Atravesso a casa quase à escuras, aproveitando a luz que entra pelas janelas e atravessam os cortinados. Em frente à minha casa a luz é tanta que por vezes fico na dúvida se já é realmente dia ou se tenho os olhos meio abertos. Faço pontaria à mesa onde repousa o computador e parto em busca das novidades internéticas (acho que devo ter acabado de criar uma nova palavra, somo se isso fosse possível).

4:29H

Dá-me a ideia parva de escrever este texto. É como um voltar a velhos costumes, escrever um diário, deixar para o mundo um testemunho do que acontece quando acordo de madrugada quase cansado de tanto dormir. É claro que daqui a pouco devo voltar ao quente dos lençóis e embarcar uma vez mais num mundo de sonhos, que felizmente são só meus.

Aproveito para ler o que a blogosfera tem para me oferecer, especialmente os espaços que vou acompanhando com maior ou menor frequência. Deixo os meus comentários, tantas vezes tentativas de escrever algo de cómico, cujos dissabores têm algumas vezes vindo cá ter, de diversas formas. Coisas da vida ou apenas puras parvoíces, esta sim a explicação mais adequada.

Queria fazer um "testamento" sobre um texto de um blogue que me é muito querido, uma dissertação sobre a felicidade, mas assim que comecei a delinear o corpo da escrita veio-me à ideia que escrever sobre a preguiça e outras coisas pois é algo mais ao meu carácter. A preguiça vem da minha constante teimosia em não manter actualizado este espaço. Talvez não seja maior quanto a minha falta de respeito por quem escreve realmente coisas boas e que deixo passar, teimando em não acompanhar especialmente quem ainda perde algum tempo da sua vida neste espaço.

Dirão alguns que se trata apenas de mais uma lamechice minha, um continuar de desculpas ou de coitadinhices (mais uma inventada) que normalmente povoam os meus escritos. Quantas vezes me comprometo a mudar o estilo, porém, talvez pela velha preguiça, me cinjo aos temas a que estou mais habituado, em que me sinto mais confortável. Poderei dizer apenas que serão estes os mais fáceis de dissertar, já que outros poderão obrigar a investigações que sinceramente e muitas vezes se tornam muito difíceis de seguir rumo, já que prefiro manter a informação obtida escondida dentro do meu baú dos projectos inacabados.

4:52H

Já estou a variar... que novidade não? Tenho que voltar a ler o que escrevi, corrigir os erros, publicar e voltar ao meu leito, esperando não levar muita "porrada" de alguns teimosos que ainda não chegaram à conclusão que aqui o "burro novo nunca aprenderá novas línguas". Ou pelo menos manterá a habitual preguiça e teimosia de não querer aprender, tentando contrariar o velho dito "viver e aprender".




quarta-feira, 20 de maio de 2015

Margem sul

Hoje vou andar pela banda de lá.


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Parabéns!!!

Vocês sabem bem para quem é...


(Eu sei... mas não resisti. rsrsrs)


terça-feira, 28 de abril de 2015

Janela

Pela janela perco o meu olhar nos campos que estão à minha frente. Quase sinto os frutos a crescerem no meio do verde das folhas de centenas de árvores, que cobrem quase todo o espaço disponível. As abelhas continuam os seus afazeres, ajudando a natureza a formar tais frutos que um dia se tornarão fonte de riqueza.

Lá no alto a floresta de eucaliptos que cobre o topo do monte, uma autêntica barreira de um verde escuro bem marcado. E os postes que transportam a electricidade dão o ar de modernidade ao campo onde repousam e se sustêm.

É assim a vista da minha janela, a vista que muda constantemente, contrariando o observador, que se deixa ficar, alheio à mudança, criando raízes.

sábado, 18 de abril de 2015

Alternativas

Não sei bem se é o mundo que anda louco ou se sou eu que não me encaixo no mundo.

São pais que matam os filhos.
Namoros que acabam em desgraça,
Histórias de amor até ao fim da vida.
Relatórios enormes em que não se chaga a conclusão alguma.
Justiça que não se faz ou que parece andar esquecida.
Invenções políticas, nomes atirados para o ar para criar confusão.
Banalização da greve, empresas em risco por causa delas.
Mentiras e mais mentiras.

(...)

Parece mesmo que este mundo anda louco... e eu às vezes até penso que lhe sigo o exemplo, a passos largos.


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Passagem


Podia dizer mil e uma coisas. A verdade é que não sou grande apreciador da obra deste grande senhor que nos deixa, mas tenho que reconhecer a sua genialidade e a força para mostrar a um país, que tanto trata mal os mais velhos, que a idade não é impeditiva de poder realizar sonhos, de fazer mais e melhor.

Adeus Manoel, não serás esquecido.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Tradições

Nazaré não é só praia, santuário, elevador, sete saias, mar, turismo. Na Nazaré também existe folclore, paisagem e uma das mais belas tradições e um dos meus petiscos favoritos, o carapau seco.


Resultado da necessidade de conservar o peixe, secando-o, a arte chegou até aos nossos dias. Dizem as más línguas, que o segredo de tão saboroso pitéu é a mijinha que as peixeiras fazem para dentro do balde da salmoura. Seja esse o segredo ou não a verdade é que o carapau seco, vendido ali mesmo na praia, mais seco para comer na hora, menos seco para cozer ou para assar na brasa, se tornou um símbolo daquela bonita vila, do distrito de Leiria.


Frequentemente se dirijo àquelas paragens e raramente é a vez que de lá saio sem uma dúzia ou duas de carapaus secos, devorando um ou dois ali mesmo e cozinhando o resto já em casa. Hoje foi ingrediente de uma bela caldeirada à minha moda, simples e sem grandes temperos, já que a saúde assim me obriga.

Acompanhou o carapau a posta de atum de barrica (peixe conservado em salmoura e demolhado), o bacalhau e a cavala, temperados com o maravilhoso piri-piri, que juntamente com o tomate, a cebola, o alho e o louro, conferiram às batatas e ao molho tão bom sabor. Não faltou à festa o azeite e o vinho branco, nem sequer a boa fatia de pão de trigo que foi secando o molho do fundo do prato, limpando-o quase na perfeição.

Hajam deliciosas tradições que cá o Ribatejano logo as aproveitará.