Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Intimidade


Que queres que eu faça? É apenas o que sinto...


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Separação

Abro uma vez mais a janela das minhas memórias. Recuo três décadas e relembro o meu tempo de criança, em que nos dias de festa havia normalmente uma mesa reservada à cachopada.


Sempre fui agarrado à saia da minha mãe, pelo que nunca me agradou ser escorraçado para fora da mesa dos adultos e sentar-me junto dos pequenos. Afinal era pequeno...

sábado, 27 de julho de 2013

Relatos serranos

Por ironia, cada vez que me sento no exterior para escrever, o vento é presença constante. O dia esteve quente, normal para a época. Alguns sopros esporádicos, faziam amenizar um pouco o ambiente. Agora está mais forte. Nada que me surpreenda, estando no ponto mais elevado do Oeste, ou seja, em plena serra do Montejunto.

O sol, descendo do horizonte, em direcção ao mar, encontra-se cor-de-laranja. O ar ainda está quente e já se nota a formação de uma neblina no horizonte. Vê-se a baía de S. Martinho ao fundo. Os moinhos de vento, como chama o povo aos modernos aerogeradores, encontram-se em pleno movimento. Já ali os dez instalados na Serra de Nossa Senhora de Todo-o-Mundo, mais longe os da serra dos Candeeiros. Por lá as torres brancas são em maior quantidade, contrastando com a brancura das pedreiras que ferem a paisagem.

Já quase não vejo o sol de onde estou sentado. Estou mais abrigado do vento mas cada sopro arrasta consigo ar quente que quase queima a pele. Restos do dia que finda antevendo uma sexta-feira bem mais quente. Uma águia aproveita esta bonança de energia. Há pouco eras duas, talvez um casal em busca de alimento para as suas crias. Talvez eternos apaixonados numa dança de sensualidade.

Gosto da pedra que me serve de apoio. Tal como gosto de todas as que formam esta velha igreja. Ervas secas povoam as juntas da calçada que compõe o espaço envolvente. Dão um ar de antiguidade, não de descuido como alguns dirão. Pequenos tufos de musgo povoam as zonas mais sombrias.

Há mais gente pela serra. Visitantes, ciclistas, um fotógrafo talvez amador. A serra convida, a luz vai-se e está na hora de voltar a casa.

Montejunto
04-VII-2013 (21:15h)

Nove horas mais...

Nove horas mais cinco minutos de uma manhã de sábado. O verde povoa a paisagem que me rodeia. Castanheiros, oliveiras, pinheiros e outras árvores de diferentes portes. O prado, meio seco, é uma alcatifa onde há pouco, as minhas sapatilhas recentemente estreadas, pisaram. Está fresco mas os raios solares perfuram entre as nuvens que povoam o céu.

Acordei cedo hoje, tal como se fosse um normal dia de semana. Na verdade, todos os dias são para acordar cedo. Não existe motivo suficiente para me deixar dormir mais cedo nem que me faça abandonar o leito mais tarde.

Vou dar uma caminhada na natureza. Que me acompanha ligou à pouco. Acordou às nove e pelo que prevejo antes das dez não estará na minha presença. Sentei-me no carro e escrevo e ouço música.

Nestes momentos de espera aproveito para inventar histórias. lembrei de criar uma relação entre uma simples lagarta e uma folha de castanheiro. Ou até criar uma sinfonia baseada no canto dos pássaros. A formiga que trabalha arduamente mas neste caso, poderia ser acusado de plágio.

Foi há uns meros vinte e dois anos que fiz campismo pela última, no ano em que comecei a deixar de ser feliz. fui buscar essa memória por causa das poucas tendas que povoam o parque situado à minha rectaguarda. Apetece-me comprar uma tenda e reiniciar essa actividade. Talvez encontre quem me ajude a armar a tenda, especialmente alguém que leia as instruções, já que eu raramente o faço. E os resultados acabam sempre por não ser os esperados.

Os trilhos esperam-me. O tempo convida e as minhas pernas pedem exercício. Não que eu seja sedentário, elas gostam apenas de movimento. trouxe a mochila abastecida. O boné de pala. A máquina fotográfica. O bastão que marca o passo. Ao longe pareço um pastor, mas o meu pastoreio não passa de ideias. Não se alimentam das ervas que me rodeiam, apenas dos sonhos que ainda povoam o meu ser.

Vem-me sempre à memória a mesma palavra, aquela com que defino a minha escrita. "Disparates". Só escrevo disparates e este caderno é prova disso. Já lá vão vinte minutos de escrita e já me dói o pulso. A preguiça invade-me e o sol atrai-me. Acho que vou seguir o seu desejo. Afinal é apenas mais um sábado. Diferente.

(acabado de escrever às 9:29h)


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Acabei de beber uma garrafa de tinto

Não se se deva abrir a segunda.

Não sou muito de beber. Há quem beba por beber, como se fosse simples água. Eu digo que bebo para esquecer, embora me lembre de todas as vezes que passei da conta.

Beber para mim é, acima de tudo, um prazer. Gosto de provar. De me fazer de entendido. Gosto de sentir que a minha vontade fica mais frágil e que o interior se mostra ao mundo de uma forma diferente, talvez mais descontraída.

Não sou alcoólatra. Bebo quando acho que estou a precisar. Felizmente não preciso todos os dias, só às vezes. Bebo às refeições, não a todas. Bebo após as refeições, principalmente quando me excedo nas quantidades. Faz-me bem ao organismo, à alma.

É nestas alturas que as palavras me saim de uma forma mais rápida. Pareço uma cascata. Rios de letras se alinham no cérebro, esperando saírem a toda a velocidade. Esperando formar palavras e frases consistentes.

Há quem beba por egoísmo. Eu sou só egoísta comigo mesmo, pelo que bebo por mim e não pelos outros. Não é um escape, é apenas um prazer, como já escrevi anteriormente.

Gosto de bebidas doces, há quem diga que são de menina. Talvez eu seja uma menina a beber (loool). Ou talvez tente ser um homem com agá grande, pois aqui no campo sempre se diz que os homens são quem bebem. As mulheres apenas provam.

O vinho tinto é um prazer recente, pois prefiro as bebidas estupidamente frescas. Mas o tinto não se dá com baixas temperaturas, só com a correcta. O branco e o rosé e o verde é que são amigos do frio, pelo que bebê-los à mesma temperatura que o tinto é um disparate.

Gosto de bebidas brancas, desde que doces: licores principalmente. Esquisito... bebo vodca, desde que seja puro. Álcool quase puro. E de aguardente velha, digestiva.

Bebo porque bebo. Não é uma necessidade, é apenas uma prazer ( três vezes é demais, sinal que está na hora de parar).


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ainda não foi hoje...

... que segui à risca uma receita.

Se bem que desta vez nem sequer havia propriamente uma receita.


Boa semana

Para ir à neve.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Preconceitos

Nos primeiro anos da minha vida desenvolvi alguns preconceitos. Com a minha saída de casa para estudar fora, algumas das barreiras que criei foram sendo derrubadas. O meio académico é propício à discussão e foi nessa altura que fundei muitos dos alicerces do que sou hoje.


A internet, que deu os primeiros passos ainda na altura em que eu estava no ensino superior, foi sem sombra de dúvidas uma das fontes mais importantes de informação que me ajudaram. É a sociedade da informação, condensada num único espaço, sem ter a necessidade de sair de casa.


Ainda tenho alguns preconceitos. Os mais porém polémicos já caíram por terra. Outros cairão com o tempo, acho eu. Quando se é alvo de preconceitos muitas coisas mudam. Percebemos que os telhados de vidro aparecem quando menos se espera e que por isso, não vale a pena andar continuamente a atirar pedras às telhas frágeis dos vizinhos. Fi-lo por algum tempo mas como já referi, ultrapassei muitos deles.


Acho que é a prova que cresci. Que tendo informação posso avaliar melhor os assuntos e desenvolver novas aptidões. Posso assim contrariar os preconceitos que me rodeiam quase todos os dias na rua ou no trabalho. E muitos, sem o perceberem, atiram continuamente pedras ao meu telhado. "Coitados não sabem...", dirão alguns. São uns tristes apenas, digo eu.





quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mais velho

Percebo que estou mais velho quando o meu sobrinho de 16 anos se mostra interessado numa reportagem de uma revista masculina com o título:

"24 horas de sexo - você nunca fez nada assim!"

Quando tinha a idade dele os meus interesses eram bem diferentes.

Conclusão: estou mesmo a ficar velho. Ou o mundo "gira" mais rápido agora.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um pouco de música


Para saberem que ainda estou vivo.