Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coleccionismo

Sempre desejei ser coleccionador. Juntar qualquer coisa com que pudesse ocupar o tempo. Já tive calendários, cromos, caixas de fósforos, pacotes de açúcar, entre outros. Ainda por lá tenho uma mini pequena colecção de moedas de 100$00 e 200$00. Já nada valem mas ficam de recordação.

Vasculho o que já escrevi ao longo dos anos e acabo por descobrir que a maior colecção são os textos inacabados. Acho que se tornou o passatempo que nunca imaginei ter. Velhos poemas e contos começados vinte anos atrás acumulam-se com outros mais recentes. Acumulam-se é forma de dizer, pois tenho tantas coisas espalhadas que por vezes lhes perco o norte.

Recentemente tive a oportunidade de acabar uns textos que foram iniciados ainda no século passado. Acho que até ficaram bons, pois nota-se a diferença de escrita. O facto de eu estar mais crescido. Curiosamente acabei por lhes dar o fim inicialmente pretendido. A minha memória ainda se lembra de algumas coisas.

Mesmo aqui no computador os escritos inacabados já se vão acumulando. Alguns porque acabo por me entusiasmar e escrevo mais do que devia, indo por caminhos tão dispersos que depois não consigo dar-lhes o fim que já destinei. Outros porque o fim não aparece. E cá ficam à espera que eu pegue de novo no assunto e lhes dê o fim digno que merecem.

Preguiça dizem alguns. Amadurecimento, digo eu.

9 comentários:

Francisco disse...

Também fiz colecção de objectos. Nunca tive jeito para escrever poemas ou contos...

Agora só venho à noite, ler o que escreves ;)

Abraço

Ribatejano disse...

Francisco

Eu também acho por vezes que me falta algum jeito. Resultado de não ter tido um hábito de leitura desde piqueno (escrito assim de propósito).

Vou aprimorando os escritos ao longo do tempo. É como fazer um bolo, melhora-se sempre cada vez que se faz outro.

Ribatejano disse...

PS: Obrigado por te perderes neste espaço Francisco. Este espaço não é lá muito apelativo por causa da falta de "textos" mais vistosos.

;)

miguel disse...

durante muito tempo fui um coleccionador, ou melhor um 'ajuntador' (sempre me faltou a capacidade organizativa que é necessária para se fazer uma colecção). mas recentemente, aos poucos, fui percebendo que todas essas coisas que juntei ou fui juntando, não passavam de pretextos para contar o tempo. agora, entretenho-me a contar o tempo (e a 'juntar') através das marcas que vai deixando no meu corpo.

Ribatejano disse...

miguel

Às vezes chego à conclusão que deveria ter passado mais a contar o tempo do que a fazer disparates. Também no corpo me ficam algumas marcas. As mais dolorosas são as que ficam guardadas nos reurónios. Felizmente vou perdendo alguns a cada dia que passa.

: )

Horatius disse...

Eu também fui um gajo de coleções (postais, selos, calendários, chaves, caricas, cromos do bolicau, tazos das batatas fritas). Acho que isso tem a ver um pouco com a idade. No meu tempo já existia televisão a cores, mas coisas como um Game Boy ou uma consola, já existima, mas era coisa de rico, pelo que não se via com frequência.

Daí fazer coleções e trocarmos as coisas uns com os outros. Veio algo suplantar isso, com toda a inovação tecnológica, porque creio que hoje os miúdos já não têm coleções como nós tinhamos.


Grande Abraço :)

Ribatejano disse...

Horatius

Hoje a miudagem colecciona "amigos" no facebook, jogos de computador violentos, parvoíce e outras coisas sem qualquer interesse.

Coleccionar é uma instituição. loooooool

João Roque disse...

Quem não foi coleccionador de alguma coisa durante um certo tempo?
Eu continuo a coleccionar pinguins e principalmente saudades...

Ribatejano disse...

João

Adoro a tua colecção de pinguins. Saudades todos temos, mais não seja uns dos outros.